Maternidade de Primeira Viagem: Um Guia para as Novas Mães

                                                                  


A maternidade é uma das experiências mais transformadoras e emocionantes na vida de uma mulher. No entanto, para as mães de primeira viagem, esse período também pode ser cercado de dúvidas, inseguranças e desafios. É completamente normal sentir-se sobrecarregada, afinal, cuidar de um bebê é uma tarefa que exige dedicação, paciência e muito amor. Aqui estão algumas das dificuldades mais comuns e dicas para enfrentá-las.

 1. Cansaço Físico e Noites Mal Dormidas

Uma das primeiras dificuldades que as mães enfrentam é o cansaço extremo, especialmente nos primeiros meses. Os bebês acordam várias vezes durante a noite para mamar ou porque precisam de conforto, o que pode deixar as mães exaustas.  

 Dica: Tente descansar quando o bebê dormir. Peça ajuda ao parceiro, familiares ou amigos para revezar os cuidados e garantir que você também tenha momentos de repouso.


2. Amamentação: Um Aprendizado Diário

Amamentar pode ser mais desafiador do que muitas mães imaginam. Dores, fissuras, dificuldades de pega e a sensação de que o leite não é suficiente são queixas frequentes.  

Dica:  Busque orientação de profissionais, como consultoras de amamentação ou pediatras.

 Lembre-se de que a amamentação é um processo que exige prática e paciência, tanto da mãe quanto do bebê.

 3. Inseguranças e Pressão por Ser Perfeita

Muitas mães se cobram para serem "perfeitas" e se sentem culpadas quando algo não sai como esperado. É importante lembrar que não existe mãe perfeita, e cada bebê é único, com necessidades e ritmos diferentes.  

 Dica: Confie no seu instinto materno e não se compare com outras mães. Você está fazendo o melhor que pode, e isso já é mais do que suficiente.

 4. Mudanças no Corpo e na Autoestima

O corpo passa por transformações significativas durante e após a gravidez, e muitas mulheres podem se sentir desconfortáveis com essas mudanças.  

 Dica: Dê tempo ao seu corpo para se recuperar. Pratique exercícios leves, se possível, e foque em uma alimentação saudável. Lembre-se de que seu corpo realizou algo incrível: trouxe uma nova vida ao mundo.

 5. Isolamento e Solidão

A rotina com um recém-nascido pode ser solitária, especialmente se você passa longas horas sozinha em casa cuidando do bebê.  

 Dica:  Conecte-se com outras mães, seja em grupos de apoio, redes sociais ou encontros presenciais. Compartilhar experiências pode trazer alívio e novas amizades.

 6. Equilíbrio entre Maternidade e Vida Pessoal

Encontrar um equilíbrio entre cuidar do bebê, manter a casa organizada e ainda ter um tempo para si mesma pode parecer impossível.  

Dica : Estabeleça prioridades e não tenha medo de delegar tarefas. Peça ajuda quando precisar e reserve alguns minutos do dia para cuidar de você, mesmo que seja apenas para tomar um banho relaxante.

7. Preocupações com a Saúde do Bebê

É comum que as mães fiquem ansiosas com a saúde do bebê, principalmente nos primeiros meses. Qualquer sinal diferente pode gerar preocupação.  

 Dica: Mantenha contato próximo com o pediatra e tire todas as suas dúvidas. Lembre-se de que muitos sintomas são normais e fazem parte do desenvolvimento do bebê.

 8. Culpa por Precisar de um Tempo Longe

Muitas mães se sentem culpadas por precisar de um tempo longe do bebê, seja para trabalhar, descansar ou cuidar de si mesmas.  

 Dica: Lembre-se de que cuidar de você também é cuidar do seu filho. Um momento de descanso ou lazer pode renovar suas energias e torná-la uma mãe ainda mais presente e amorosa.

                                         




Introdução Alimentar

 

    Quando começar a introdução alimentar?

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é que o bebê seja alimentado exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. O leite materno oferece todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê nesse período, além de proporcionar imunidade e fortalecer o vínculo entre mãe e filho.

A introdução alimentar deve ser iniciada, portanto, por volta dos seis meses, quando o bebê já começa a demonstrar sinais de que está pronto para novos alimentos. Alguns desses sinais incluem:

  • Capacidade de manter a cabeça erguida e sentada com apoio.
  • Interesse pelos alimentos que os adultos estão comendo.
  • Coordenação para levar as mãos à boca.
  • Diminuição do reflexo de protrusão (quando o bebê empurra a comida para fora com a língua).

2. Como iniciar a introdução alimentar?

A introdução alimentar deve ser gradual e feita com paciência, respeitando o tempo e os sinais de prontidão do bebê. A primeira fase deve ser feita com alimentos de fácil digestão e com consistência pastosa ou amassada.

Passo a passo para iniciar a alimentação complementar:

  1. Escolha o momento certo: Escolha um momento tranquilo, quando o bebê estiver bem disposto e não estiver com sono ou com fome extrema.

  2. Ofereça alimentos simples: Comece com purês de frutas, legumes ou cereais, como maçã, banana, cenoura ou batata-doce. O ideal é oferecer um alimento de cada vez, para observar possíveis reações alérgicas.

  3. Introduza novos alimentos: Após alguns dias com um alimento, você pode começar a introduzir outros, sempre observando qualquer sinal de alergia ou desconforto.

  4. Inicie com pequenas quantidades: Comece com uma colher de chá e aumente gradualmente, conforme o bebê for aceitando os novos sabores.

  5. Mantenha o aleitamento materno: Mesmo após a introdução dos alimentos sólidos, continue oferecendo o leite materno ou fórmula até o primeiro ano de vida, pois ele continua sendo a principal fonte de nutrientes para o bebê.

3. Quais alimentos oferecer?

Nos primeiros meses de introdução alimentar, o ideal é oferecer alimentos frescos e naturais. Algumas opções incluem:

  • Frutas: Maçã, banana, pêra, manga, melancia e abacate são excelentes escolhas, pois são fáceis de amassar e têm um sabor suave.
  • Legumes e vegetais: Batata-doce, cenoura, abóbora, brócolis e couve-flor são ricos em nutrientes e bem tolerados pelos bebês.
  • Cereais: Arroz e aveia podem ser oferecidos como papinhas ou mingaus, misturados com água ou leite materno.
  • Carnes: Carnes magras como frango, carne bovina ou peixe devem ser introduzidas mais tarde, quando o bebê já estiver adaptado aos alimentos vegetais.

Evite alimentos processados, com alto teor de sal ou açúcar, e não ofereça mel para bebês menores de um ano, devido ao risco de botulismo. 


                                              




4. Cuidados importantes durante a introdução alimentar

  • Observe reações alérgicas: Sempre introduza um alimento de cada vez e aguarde 3 a 5 dias antes de introduzir outro, para perceber qualquer reação adversa, como erupções cutâneas, inchaço ou dificuldades respiratórias.

  • Evite engasgos: Ofereça alimentos com a consistência adequada para a idade do bebê. No começo, os alimentos devem ser bem amassados ou passados por um processador de alimentos para garantir que a textura não cause risco de engasgamento.

  • Respeite os sinais do bebê: Se o bebê não demonstrar interesse em comer, não force a alimentação. É importante que as refeições sejam uma experiência prazerosa e não um momento de estresse.

  • Variedade e equilíbrio: Gradualmente, ofereça diferentes alimentos para garantir uma alimentação equilibrada. Isso inclui carboidratos, proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais.

5. O papel da família e dos cuidadores

A introdução alimentar também é um momento de aprendizado para os pais e cuidadores. O bebê observa tudo o que acontece à sua volta, e a alimentação é uma oportunidade para ensinar bons hábitos alimentares. Aproveite para criar um ambiente tranquilo e acolhedor durante as refeições, sem pressa e sem distrações, como televisão ou celulares.

Além disso, ao envolver o bebê nas refeições da família, ele começa a se familiarizar com a rotina alimentar e com os diferentes sabores e texturas dos alimentos, facilitando a aceitação de novos pratos.

          

Conclusão

A introdução alimentar é uma fase empolgante e cheia de descobertas para o bebê e para os pais. Respeitar o ritmo do bebê, oferecer alimentos frescos e naturais e garantir um ambiente tranquilo e positivo são atitudes fundamentais para que essa experiência seja bem-sucedida. Lembre-se de que cada bebê tem seu próprio tempo de adaptação, e a paciência é essencial. Com o apoio da pediatra ou nutricionista, você estará ajudando seu filho a criar uma base sólida para uma alimentação saudável e equilibrada no futuro.

Se você está começando a introdução alimentar do seu bebê, aproveite este momento único e divirta-se explorando novos sabores e texturas com ele!

Partos Alternativos / Parto Normal /de lado/de cócoras/na água/cesariana


Nem todas as mulheres optam pelo parto convencional, hoje em dia  existem cada vez mais centros sanitários e profissionais especializados na aplicação de partos alternativos. 

Muitas grávidas escolhem técnicas diferentes para dar a luz aos seus bebês,  preferem ter seu filho em outras posições, sentada ou de cócoras, e outras ainda escolhem dar a luz em casa, com ou sem assistência, ou em uma banheira  utilizando o método de parto aquático.

parto normal/tradicional


No método tradicional, na mesa de parto, o obstetra fica em posição privilegiada para acompanhar o nascimento. 
A gestante fica sobre a mesa em posição ginecológica, com monitoramento constante. 
É comum a utilização de anestesia peridural e outras medicações para regular o ritmo das contrações. 
A mesa de parto pode ser inclinada para aproveitar a ação da gravidade durante a expulsão do bebê.

O processo todo do trabalho de parto, desde as primeiras contrações até a saída da criança, demora cerca de 12 a 24 horas, mas não serão necessários mais de 6 horas de hospitalização. 
O ideal é que a mulher já chegue ao Hospital com 5-6 cm de dilatação do colo, no momento em que a dor aperta mais.

O parto vaginal compreende a dilatação do colo do útero até cerca de dez centímetros de abertura, a expulsão do bebê (com ou sem episiotomia, que é o corte cirúrgico do períneo), a saída da placenta, a contração do útero e a saída de coágulos.

Durante as contrações da dilatação do colo do útero, os médicos ensinam as parturientes a respirar normalmente e soltar o ar devagar ou realizar uma respiração curta e com maior frequência

O período expulsivo, que vai da dilatação completa do colo até a saída completa da criança, leva de meia hora até uma hora completa. 
Neste momento será necessária uma grande força por parte da mulher, para que a criança finalmente nasça. 
Nesta hora, a força de sua musculatura abdominal será responsável por quase metade da força total de expulsão. 
Se a mulher estiver cansada, ou se o seu músculo for fraco, é bem possível que o médico tenha de ajudar.

 São três as formas de ajuda que o médico pode fazer:

 Episiotomia, e que vem a ser um pequeno corte de mais ou menos 4-5 cm, na pele da entrada da vagina, na vulva. Com isso, a abertura do canal de parto fica maior, e facilita a saída da cabeça do bebê.

O problema de não se fazer este corte é que às vezes a cabeça sai com tanta forca que pode rasgar a musculatura desta região, motivo pelo qual algumas mulheres têm de fazer uma outra cirurgia anos depois, para colocar esta musculatura no lugar, é a chamada perineoplastia, ou simplesmente, cirurgia de períneo.

Outra forma 
de ajudar neste momento é uma manobra de se empurrar o nenê, empurrando o fundo do útero.
 É uma manobra muito antiga, chamada de Kristeller, e que deve ser evitada, pois se sabe que pode comprometer a cabeça do nenê, empurrando-a com força contra uma bacia às vezes meio apertada. Isso pode machucar a cabeça da criança e levar até a hemorragia cerebral.
Deve-se preferir, ao invés desta manobra, o uso do Fórceps, que irá dar um apoio mais seguro à cabeça da criança e ajudá-la a vencer a dificuldade final do parto.

parto normal/de lado



Deitada de lado, a mulher teria facilitada a dilatação, reduzindo o tempo do parto. 
A posição da coluna estimula as contrações. 
Já a posição do bebê facilita sua expulsão, reduzindo a necessidade de intervenção médica. 
Um trabalho realizado na Universidade Federal de São Paulo mostra que essa modalidade reduz a necessidade da episiotomia, o que diminui o risco de infecções.

O cóccix (último ossinho da coluna vertebral) fica livre para se movimentar, facilitando a passagem do bebê. No parto normal tradicional (de costas) o cóccix é pressionado

parto normal/de cócoras

Técnica antiga ainda utilizada por comunidades indígenas. 
O parto seria favorecido pela ação da gravidade, que aceleraria a dilatação e facilitaria a expulsão do bebê. 
Defensores da técnica alegam que ela reduz em 40% a duração do trabalho de parto. 
A posição também aumenta a irrigação sanguínea na região pélvica e a liberação da endorfina, substância analgésica produzida pelo organismo. 
O método dispensa a anestesia. Pode ser realizado em uma cadeira especial ou em uma cama hospitalar tradicional. 
Para alguns obstetras, a pouca força na musculatura posterior da coxa apresentada pela mulher ocidental dificultaria o sucesso do parto de cócoras.

parto normal/na água

Técnica pouco utilizada no Brasil, o parto na água é considerado mais relaxante e indolor do que o método tradicional.  

Enquanto alguns são totalmente a favor, outros alegam que esse tipo de parto não é seguro, pois o bebê pode aspirar água. 
Quem defende diz que, na verdade, os registros de incidentes nos partos aquáticos são muito raros e, comparado com partos na mesa ginecológica, o parto na água não perde em segurança, mas ganha em qualidade do nascimento.

   •  pode ser realizado em casa ou no hospital, nas mesmas condições de outros partos                   normais. Para esse tipo de parto, mesmo no hospital, não é possível aplicar a anestesia.

    • permite um nascimento mais natural para o bebê porque ele continua envolto em água,            como estava no útero da mãe, e em uma temperatura muito próxima também. 
Não há                riscos de afogamento para o bebê. Quando nasce, a criança ainda respira pelo cordão                umbilical por pelo menos 20 segundos, durante os quais expande os pulmões lentamente.

     • a temperatura da água mantida a 36º C,  alivia as dores das contrações, o estresse,                    aumenta a irrigação sanguínea, relaxa a musculatura e facilita a saída do bebê. 
      • A alteração da pressão sobre o corpo submerso da gestante facilita o trabalho de parto.             Isso permite que a mãe determine a posição mais adequada para a expulsão do bebê –             em pé, de lado ou de quatro, dentro ou fora da água.

No interior do útero, o bebê respira por meio do cordão umbilical. 
Depois do nascimento, seus pulmões levam algum tempo para se expandir e descartar o cordão, o que garante a segurança durante a transição do útero para a água e, depois, para o ambiente.

parto cesáreo/cesariana

A operação cesariana (também denominada cesárea), é o nome que se dá à cirurgia por via abdominal que corta o útero, com a intenção de se retirar a criança aí localizada. 
Inicialmente, só existia a cesárea post-mortem, que era o corte no abdome de uma gestante morta há poucos minutos, para se tentar retirar a criança ainda com vida.

Realmente, a cesárea é reservada, a princípio, aos partos difíceis. 
No início, ela foi empregada apenas nos casos de grande risco de vida para mãe, quando a criança impactava no canal de parto e não nascia, de forma alguma. 
Até porque, antes da época do antibiótico, fazer uma cesárea era algo temerário, com morte da mãe em grande parte dos casos, devido à infecção.

 Hoje em dia as coisas são muito diferentes, mas o risco de infecção de uma cesárea ainda é muito superior ao de um parto normal, cerca de 7 a 10 vezes maior. 
Sabe-se que em cerca de 1% das cesáreas alguma complicação vai ocorrer, seja deiscência (abertura dos pontos), hematoma (sangue coagulado), ou infecção na cicatriz.

 São dois tipos de incisão (corte) na pele. 
A mais comum hoje em dia é aquela transversal, na parte inferior do abdome, pouco acima dos pelos pubianos, chamada de incisão tipo Pfannestiel (fala-se Fanistil). 
A outra, mais tradicional, é a longitudinal mediana, infra-umbilical. Embora mais feia esteticamente, esta cicatriz longitudinal mediana é um pouco mais segura e com menores complicações, pois há menor sangramento e menor lesão dos tecidos. É também a via de acesso mais rápida, sendo a preferida nos casos de urgência.

 A recuperação da cesárea é lenta. 
Preconiza-se repouso relativo no leito até o 7º dia. Até 30 dias, apenas tarefas cotidianas sem esforço. 
Para recuperar totalmente a força da musculatura, serão necessários 6 meses. 
Muitas mulheres reclamam de certa anestesia na pele, junto à cicatriz, por vários meses, o que é plenamente explicável pela lesão dos nervos, com o corte de tantas camadas.

A tricotomia – raspagem de todos os pelos pubianos para o parto – não deve ser realizada.
 “O períneo naturalmente não tem pelos que atrapalhem o parto vaginal e, na cesariana, só se raspa o local onde será feita a incisão. Não se deve retirar os pelos antes, em casa ou na depilação, para evitar risco de infecções”